sábado, 18 de fevereiro de 2012

Necessidade ou soberba?

Tenho observado o comportamento de algumas pessoas que conheço. Conhecidos ou amigos, aqui não faz a menor diferença, pois são apenas uma mostra do comportamento humano que deve ser quase, vejam bem, eu disse quase generalizado. Observando essas pessoas eu me questiono se suas atitudes refletem a falta de amor próprio, a necessidade de chamar a atenção ou a de tentar ser superior em algo, pois se julga inferior aos demais em algum aspecto.

Dinheiro, imóveis, carros, smartphones... Quantas pessoas eu vi se vangloriar de possuir o carro do ano, o smartphone de última geração, de morar em uma casa grande e bonita. Perdoem-me a expressão, mas cada vez que vejo alguém “exibindo” algo do tipo, automaticamente leio “coitado” na testa. Aqueles que possuem tudo isso de verdade não mostram, não exibem. Não são iguais à Lady Katy, personagem do humorístico Zorra Total que faz questão de mostrar que tudo é seu.

Alguns podem estar pensando que nesse texto existe uma “gota” de inveja. Refleti sobre isso antes de começar a escrever e percebi que não, não sinto inveja. Com o tempo fui amadurecendo e aprendendo a diferenciar aquilo que é necessidade e aquilo que é soberba. Ter um computador bom é uma necessidade, ter um computador, um notebook, um netbook e um tablet é soberba. Admito que comprei um notebook muito melhor do que necessito e que cheguei a “paquerar” um tablet ao mesmo tempo, mas percebi que no momento eu não preciso das duas coisas. Preciso somente do que, felizmente, já tenho.

Conheço uma pessoa que possui quatro carros, que somando o valor de cada um deve ultrapassar a marca de um milhão de reais. No entanto, essa pessoa é humilde e educada. Quatro veículos é uma soberba, mas a pessoa não os exibe, ao contrário, costuma ir trabalhar com o mais simples de todos. Um carro popular.

Mas após esses parágrafos e a mescla de assuntos que ocorreu involuntariamente, tudo se resume em saber o que você realmente precisa em termos materiais, o que você merece, o que você diz ter, o que realmente tem e como você se comporta perante tudo isso. Eu, por exemplo, já passei da fase “preciso mostrar o que tenho”, agora estou na fase “o que eu preciso e posso ter”. Outro exemplo, gostar de moda não significa usar roupas de grife, está aí o apresentador Faustão como prova viva sobre o que acabei de escrever. Após idas e vindas ao longo do texto, o que defendo é aquele velho ditado “menos é mais” e cuidado com a soberba, além de causar inveja, ela pode se voltar contra você.


Um comentário:

  1. Ah, se todo mundo pensasse assim... O facebook seria menos idiota, por exemplo. rsrsrs

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