Quem já fez terapia alguma vez na vida sabe que nesse tipo de tratamento descobrimos que o aquilo que nos aflige, geralmente, é criado por nossa mente. Claro que muitas vezes nossa mente cria esses monstros que acreditamos ser impossível combater devido a um fator externo que tenha ocorrido em nossa vida. Inclusive é a partir desse aspecto que tentamos compreender a ação e reação que ocorre em nossas mentes.
O medo de viajar, por exemplo, pode surgir depois de um acidente ou alguma outra experiência traumática do tipo. Aqui escrevo não como uma profissional que domina a psicologia, mas como uma “vítima” de monstros que a mente cria. Eu tenho medo de viajar. Medo não, fobia é a palavra certa. Fiz diversos tratamentos, inclusive com medicamentos, que me faziam não pensar nos meus medos. Hoje aprendi que não se pode fugir sempre, pois uma hora eles te alcançam.
Acredito que enfrenta-los também não é a orientação certa. O que tem me ajudado bastante é compreendê-los. Visitar certos momentos de minha vida em que tive medo e tentar analisar de onde eles surgiram. O problema é que se você deixa para fazer isso muito tarde, como é o meu caso, a visita pode ser mais demorada e ter mais de um caminho. Um medo gera outro.
Mas fazer uma visita à nossa mente, de vez em quando, não precisa ser por causa de medos. Ela pode ser feita para analisarmos nossa personalidade como um todo. Por que somos do jeito que somos? Por que às vezes o que vemos refletido no espelho não é aquilo que está “refletido” em nossa mente? Difícil encaramos nossa própria mente, nosso próprio pensamento. Parece que há aspectos que não desejamos descobrir ou entender, mas saiba que eles vão agir no seu inconsciente e, sem você perceber, podem distorcer quem você realmente é.
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