sábado, 24 de dezembro de 2011

O filme que me define



"Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" não é o filme que mais marcou minha vida, mas com certeza é o que mais me define. Assim como eu, Becky desde de criança não possui auto controle e o consumo é a definição de felicidade. Pensamento totalmente errado, mas que é incentivado pelo capitalismo e pela pressão que sofremos para alcançar a realização pessoal e profissional.

Minha satisfação está em comprar algo que me deixe mais segura. Eu compro para preencher aquela lacuna que julgo ser os meus defeitos. Já que não posso ser perfeita, pelo menos posso comprar algo que me iluda quanto a isso.

Voltando ao filme, assim como eu, Becky é jornalista - falida, diga-se de passagem - e consegue um novo emprego em uma revista de... Finanças. Uma pessoa que não controla os próprios gastos passa a dar conselhos financeiros para empresários. É a partir do momento que Becky começa a orientar os gastos dos leitores da revista que ela percebe os próprios erros. No decorrer do filme, ela passa por muitas situações embaraçosas pela sua falta de controle quando se trata de dinheiro, mas o final surpreendente deixa uma mensagem muito interessante. As vezes temos certas atitudes para suprir carências.

Eu passo tanto tempo pensando em coisas negativas que o único momento de alegria que tenho é comprando. Seja uma roupa ou um chaveiro. O simples fato de ter algo novo em minha vida me traz muitas esperanças. No entanto, eu não posso depositar minha felicidade em "coisas" ou pessoas. Os momentos felizes que tenho comprando, posso muito bem ter apenas na presença de familiares e amigos. Devo me dar por conta de que a minha felicidade está em mim. E que a única coisa que me falta é perceber que não me falta nada.

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